Febracos archives: memória social e empresarial paulistana. Posse Febracos SP. Casamento padrinho Febracos Gilberto Amaral, Brasília
Glamour, paetês e luxo eram indispensáveis na vida noturna dos anos 80,
na capital paulista. E foi esse ambiente de muito brilho e badalação, recheado
de celebridades e de figuras do high society, que encantou o colunista social,
relações-públicas e assessor de imprensa Ovadia
Saadia, que comemora 65 anos de vida dia 14 de agosto.
“Tinha 20 anos em 1980 quando decidi que era nesse mundo que queria
ficar”, afirma. Como recordação desse período áureo, Ovadia guarda mais de 5
mil convites de eventos.
De origem egípcia, nasceu em Alexandria, Ovadia chegou a São Paulo com a
família, a bordo de um navio de emigrantes israelitas, seus pais Cléopatra Leah
e Moussa Maurice Abdou Moshe Saadia haviam se casado com as bençãos do Rabino
Moise Ventura em grande pompa dentro dos mais exigentes padrões judaicos
nas dependências da suntuosa Sinagoga Eliahu Hanavi, restaurada nos anos
2010 ao custo de milhões de dólares. .
A vida monótona do adolescente Ovadia iria mudar quando já assinava a
coluna de variedades do jornal Resenha Judaica, em 1981, e bateu na porta da
nova boate da cidade, o mitico e internacional Regine’s Club, ainda em
construção, e pediu emprego à própria diva Madame
Regine (falecida em maio de 2022), dona da franquia
homônima de milionárias boates, os chamados Clubes Prives espalhados por 23
capitais do mundo com sede em Paris.. “Bendito dia em que peguei dois ônibus
e bati na porta do Regine’s. Se não, ainda estaria trabalhando atrás de um
balcão na papelaria”. Depois do Regine’s, foi assessor e relações-públicas de
boates e hotéis luxuosos, tanto em São Paulo, como em Paris. E, claro, não
perdia uma festa do grand monde". Ficou amigo da lenda Régine
Zylberberg, judia polonesa até o último suspiro da grande dama e até hoje a
reverencia por onde passa: "Foi um império de luxo e glamour indescritivel
com altos baixos que ainda vai render uma grande série," profetiza.
"A boate de Kuala Lampoor na Àsia tinha o Principe de sócio e era toda de
ouro assim como a de Sao Paulo que não foi totalmente bem interpretada na
época, estava muito além de seu tempo; A casa de Buenos Aires era estupenda,
teve Jacqueline Bisset na Inauguração, mas durou pouco numa Buenos Aires
afundada em crises e dívidas; Já o Regine's da 502 Park Avenue en NYC foi
fervidíssmo, inaugurou em 1976 e não era tao bonito e marcou para sempre ada
social noturna da Big Apple. No aniversário de 15 anos de Brooke Shields, por
exemplo, voce esbarrava em Michael Jackson no auge da glória; na mesa ao lado
Júlio Iglesias, Elizabeth Taylor, Raquel
Welch, Anthony Delon, Tina Turner pouco antes de explodir e ainda com seu
marido Ike, “ uma loucura “, se recorda emocionado.
Hoje, sua vida é bem mais tranquila:
- “Ia de três a dez eventos por noite e ainda passava para um cafezinho
no Gallery ou no Maksoud Plaza antes de voltar para casa,”. Hoje isso parece ficção social, diverte-se.
Em suas 15 mil fotos em papel separadas em álbuns numa imensa estante de mogno
estão registrados todos estes momentos”, orgulha-se Ovadia, “Está tudo
registrado para sempre!”
Ao remexer nas caixas de convites, Ovadia relembra, saudoso, de todos os
momentos que viveu: “Conheci artistas, como Alain
Delon, Aznavour, Sarita Montiel, Brigitte Bardot, Sylvia Kristel, Maria
Schneider, Anthony Perkins, Ricky Martin, Shakira, Madonna (“Ainda começando,
bem levada, no Regine’s de Paris), Julio Iglesias (inaugurando o Maksoud Plaza
logo depois do histórico show de Frank Sinatra e pouco antes da vez do fabuloso
espetáculo de Sammy Davis Jr.”), Michael Jackson em São Paulo mesmo (“No
Sheraton Mofarrej com a RP Anita Bernstein, minha madrinha na hotelaria junto
com mauricio Kus”), Jane Fondapor tres vezes SP, além da grande diva Dalida.
- “Sim, cheguei a ficar riquinho uma época”, diverte-se.
- “Mas tudo passa neste mundo de glamour tão efêmero : as festas, as celebridades e os personagens,
as pessoas se vão de alguma forma, os
lugares fecham, as coisas mudam, o país muda, o mundo é completamente outro,
nem pior nem melhor, mas diferente e complicado”, filosofa hoje Ovadia.
Apesar das boas lembranças, ele reconhece que
houve um momento em que mergulhou fundo nas festas: “Nesse mundo, tudo é
excessivo: intrigas demais, pessoas demais!” Hoje, diz, o clima das festas não
é o mesmo de sua época: “A gente entrava no Hipoppotamus, no Gallery, no Regine’s,
no Ta Matate, na Limelight- já nos anos 1990-, no Tramp no fabuloso O
Leopolldoe e conhecia quase todos que lá estavam, eram clubes mesmo, se dançava
muito, dava risada, conversava a noite inteira. Hoje os jovens bebem demais e
de outras formas, tudo mudou”, opina. Mas claro que numa cidade como sampa
você tem novos lugares muito agradáveis, principalmente restaurantes as
dezenas; Já os hotéis seis estrelas Rosewood e Palácio Tangará , se somado não
chegam a ser a metade do que foi o extinto Maksoud Plaza, sob várias óticas,
opina.
- “Sinto falta de muita gente que não está mais aqui, como meus pais,
Dulce Damasceno, a colunista brasileira de Hollywood que foi minha madrinha na
carreira, como a Vera Martins (que um dia inventou a Apacos e a Febracos dos
colunistas, ver abaixo) e o Clodovil que era meu confidente às vezes, o sócio e
BFF Wilson Dimitrov (Party Planner e mito na noite paulistana) e tantos outros,
recorda.
Convites entre os 5 mil da coleção são de inaugurações de restaurantes que
faliram ou que continuam gloriosos como La Tambouille ou A Bela Sintra, de
casamentos que deram muito certo ou não,
de boates que não vingaram tanto, bilhetes de socialites e celebridades como
uma carta da diva Tônia Carrero agradecendo sua hospedagem de três meses no
Hotel Gran Meliá World Trade Center, hoje Sheraton WTC.
As histórias, impressas em papel
timbrado, contam, além do desenrolar da vida noturna da cidade, a revolução que
tomou conta da indústria gráfica. “Era especial receber um convite, com todos
os detalhes e caprichos. Hoje é tudo por e-mail”, lamenta
Hoje Ovadia preside a FEBRACOS- FEDERAÇAO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇOES DOS
COLUNISTAS SOCIAIS bem como a célula- mãe de todas as associações de
colunistas, a celebrada Apacos (presidida por Anna Dennz e tendo Saadia
como presidente de honra vitalício). A
APACOS é a Associação Paulista dos Colunistas Sociais que deu origem a Febracos
Brasil;
Saadia escreve diariamente sobre turismo e sobre gente, assina
diversas colunas, viaja pelo mundo, é fã de Miami, Jerusalém e Tel Aviv e o Sul
da França. Buenos Aires e Istanbul também estão no roteiro. Ovadia atualmente
também é Relações Públicas, tradutor e intérprete de sua língua natal francesa falada
no Egito.
Em destaque no seu curriculum de
consagradas marcas e redes de hotéis
nacionais e internacionais: Maksoud Plaza, Gran Meliá WTC, Mofarrej, Caesar
Park Brasil e Buenos Aires- Grupo Posadas, Hotel & resort Clube dos 500 e
tantos outros.
Linkado em redes sociais, tecnologia e no modernismo necessário dos dias
atuais, em seus planos está o lançamento de um livro de memórias cujos
trechos já foram publicados em seu site e várias revistas onde vai publicar
muitas histórias que são o resumo social de São Paulo dos últimos 45 anos. Com
muitas fotos, cheias de personalidades e personagens que fizeram e fazem de São
Paulo uma cidade única, revela.
* https://colunaovadiasaadia.blogspot.com/2025/06/memoria-febracos-imagens-inclui.html
Saudoso Ciro Batelli, aqui com Vips e Amaury Jr.
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Amália Rodrigues
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Glamour, paetês e luxo eram indispensáveis na vida noturna dos anos 80,
na capital paulista. E foi esse ambiente de muito brilho e badalação, recheado
de celebridades e de figuras do high society, que encantou o colunista social,
relações-públicas e assessor de imprensa Ovadia
Saadia, que comemora 65 anos de vida dia 14 de agosto.
“Tinha 20 anos em 1980 quando decidi que era nesse mundo que queria
ficar”, afirma. Como recordação desse período áureo, Ovadia guarda mais de 5
mil convites de eventos.
De origem egípcia, nasceu em Alexandria, Ovadia chegou a São Paulo com a
família, a bordo de um navio de emigrantes israelitas, seus pais Cléopatra Leah
e Moussa Maurice Abdou Moshe Saadia haviam se casado com as bençãos do Rabino
Moise Ventura em grande pompa dentro dos mais exigentes padrões judaicos
nas dependências da suntuosa Sinagoga Eliahu Hanavi, restaurada nos anos
2010 ao custo de milhões de dólares. .
A vida monótona do adolescente Ovadia iria mudar quando já assinava a
coluna de variedades do jornal Resenha Judaica, em 1981, e bateu na porta da
nova boate da cidade, o mitico e internacional Regine’s Club, ainda em
construção, e pediu emprego à própria diva Madame
Regine (falecida em maio de 2022), dona da franquia
homônima de milionárias boates, os chamados Clubes Prives espalhados por 23
capitais do mundo com sede em Paris.. “Bendito dia em que peguei dois ônibus
e bati na porta do Regine’s. Se não, ainda estaria trabalhando atrás de um
balcão na papelaria”. Depois do Regine’s, foi assessor e relações-públicas de
boates e hotéis luxuosos, tanto em São Paulo, como em Paris. E, claro, não
perdia uma festa do grand monde". Ficou amigo da lenda Régine
Zylberberg, judia polonesa até o último suspiro da grande dama e até hoje a
reverencia por onde passa: "Foi um império de luxo e glamour indescritivel
com altos baixos que ainda vai render uma grande série," profetiza.
"A boate de Kuala Lampoor na Àsia tinha o Principe de sócio e era toda de
ouro assim como a de Sao Paulo que não foi totalmente bem interpretada na
época, estava muito além de seu tempo; A casa de Buenos Aires era estupenda,
teve Jacqueline Bisset na Inauguração, mas durou pouco numa Buenos Aires
afundada em crises e dívidas; Já o Regine's da 502 Park Avenue en NYC foi
fervidíssmo, inaugurou em 1976 e não era tao bonito e marcou para sempre ada
social noturna da Big Apple. No aniversário de 15 anos de Brooke Shields, por
exemplo, voce esbarrava em Michael Jackson no auge da glória; na mesa ao lado
Júlio Iglesias, Elizabeth Taylor, Raquel
Welch, Anthony Delon, Tina Turner pouco antes de explodir e ainda com seu
marido Ike, “ uma loucura “, se recorda emocionado.
Hoje, sua vida é bem mais tranquila:
- “Ia de três a dez eventos por noite e ainda passava para um cafezinho
no Gallery ou no Maksoud Plaza antes de voltar para casa,”. Hoje isso parece ficção social, diverte-se.
Em suas 15 mil fotos em papel separadas em álbuns numa imensa estante de mogno
estão registrados todos estes momentos”, orgulha-se Ovadia, “Está tudo
registrado para sempre!”
Ao remexer nas caixas de convites, Ovadia relembra, saudoso, de todos os
momentos que viveu: “Conheci artistas, como Alain
Delon, Aznavour, Sarita Montiel, Brigitte Bardot, Sylvia Kristel, Maria
Schneider, Anthony Perkins, Ricky Martin, Shakira, Madonna (“Ainda começando,
bem levada, no Regine’s de Paris), Julio Iglesias (inaugurando o Maksoud Plaza
logo depois do histórico show de Frank Sinatra e pouco antes da vez do fabuloso
espetáculo de Sammy Davis Jr.”), Michael Jackson em São Paulo mesmo (“No
Sheraton Mofarrej com a RP Anita Bernstein, minha madrinha na hotelaria junto
com mauricio Kus”), Jane Fondapor tres vezes SP, além da grande diva Dalida.
- “Sim, cheguei a ficar riquinho uma época”, diverte-se.
- “Mas tudo passa neste mundo de glamour tão efêmero : as festas, as celebridades e os personagens,
as pessoas se vão de alguma forma, os
lugares fecham, as coisas mudam, o país muda, o mundo é completamente outro,
nem pior nem melhor, mas diferente e complicado”, filosofa hoje Ovadia.
Apesar das boas lembranças, ele reconhece que
houve um momento em que mergulhou fundo nas festas: “Nesse mundo, tudo é
excessivo: intrigas demais, pessoas demais!” Hoje, diz, o clima das festas não
é o mesmo de sua época: “A gente entrava no Hipoppotamus, no Gallery, no Regine’s,
no Ta Matate, na Limelight- já nos anos 1990-, no Tramp no fabuloso O
Leopolldoe e conhecia quase todos que lá estavam, eram clubes mesmo, se dançava
muito, dava risada, conversava a noite inteira. Hoje os jovens bebem demais e
de outras formas, tudo mudou”, opina. Mas claro que numa cidade como sampa
você tem novos lugares muito agradáveis, principalmente restaurantes as
dezenas; Já os hotéis seis estrelas Rosewood e Palácio Tangará , se somado não
chegam a ser a metade do que foi o extinto Maksoud Plaza, sob várias óticas,
opina.
- “Sinto falta de muita gente que não está mais aqui, como meus pais,
Dulce Damasceno, a colunista brasileira de Hollywood que foi minha madrinha na
carreira, como a Vera Martins (que um dia inventou a Apacos e a Febracos dos
colunistas, ver abaixo) e o Clodovil que era meu confidente às vezes, o sócio e
BFF Wilson Dimitrov (Party Planner e mito na noite paulistana) e tantos outros,
recorda.
Convites entre os 5 mil da coleção são de inaugurações de restaurantes que
faliram ou que continuam gloriosos como La Tambouille ou A Bela Sintra, de
casamentos que deram muito certo ou não,
de boates que não vingaram tanto, bilhetes de socialites e celebridades como
uma carta da diva Tônia Carrero agradecendo sua hospedagem de três meses no
Hotel Gran Meliá World Trade Center, hoje Sheraton WTC.
As histórias, impressas em papel
timbrado, contam, além do desenrolar da vida noturna da cidade, a revolução que
tomou conta da indústria gráfica. “Era especial receber um convite, com todos
os detalhes e caprichos. Hoje é tudo por e-mail”, lamenta
Hoje Ovadia preside a FEBRACOS- FEDERAÇAO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇOES DOS
COLUNISTAS SOCIAIS bem como a célula- mãe de todas as associações de
colunistas, a celebrada Apacos (presidida por Anna Dennz e tendo Saadia
como presidente de honra vitalício). A
APACOS é a Associação Paulista dos Colunistas Sociais que deu origem a Febracos
Brasil;
Saadia escreve diariamente sobre turismo e sobre gente, assina
diversas colunas, viaja pelo mundo, é fã de Miami, Jerusalém e Tel Aviv e o Sul
da França. Buenos Aires e Istanbul também estão no roteiro. Ovadia atualmente
também é Relações Públicas, tradutor e intérprete de sua língua natal francesa falada
no Egito.
Em destaque no seu curriculum de
consagradas marcas e redes de hotéis
nacionais e internacionais: Maksoud Plaza, Gran Meliá WTC, Mofarrej, Caesar
Park Brasil e Buenos Aires- Grupo Posadas, Hotel & resort Clube dos 500 e
tantos outros.
Linkado em redes sociais, tecnologia e no modernismo necessário dos dias
atuais, em seus planos está o lançamento de um livro de memórias cujos
trechos já foram publicados em seu site e várias revistas onde vai publicar
muitas histórias que são o resumo social de São Paulo dos últimos 45 anos. Com
muitas fotos, cheias de personalidades e personagens que fizeram e fazem de São
Paulo uma cidade única, revela.
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